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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Qual a diferença entre "other", "others" e "another"?

Qual a diferença entre "other", "others" e "another"?
Posted: 26 Dec 2010 06:00 PM PST
Extraído de INGLÊS NA PONTA DA LÍNGUA (EXCELENTE!)


O título da dica de hoje é uma pergunta frequente entre estudantes de inglês de nível pré-intermediário para cima. Vira e mexe, recebo um email, comentário, mensagem, etc., de alguém querendo saber sobre o momento certo para usar as palavras "other", "others" ou "another". Para isso vamos ver uma de cada vez; assim, quem sabe, a gente consegue evitar as confusões.

O primeiro caso é a palavra "other", cujo significado é "outro", "outra", "outros", "outras". Na maioria das vezes, essa palavra estará acompanhada com a palavra "the". Veja alguns exemplos:
  • That boy over there is Mike; the other is Carl. (Aquele garoto lá é o Mike; o outro é o Carl.)
  • The other car cost much less. (O outro carro custava muito menos.)
  • He raised one arm and then the other. (Ele levantou um braço e depois o outro.)
  • The other people are doing the same thing. (As outras pessoas estão fazendo a mesma coisa.)
  • Add the flour and the other ingredients. (Adicione a farinha e os outros ingredientes.)
Mas nem sempre será assim. Ou seja, "other" poderá ainda estar sozinho na sentença ou acompanhado de palavras como "some", "any", "my", "your", "his", etc., ou ainda um número:
  • I'll wear my other shoes - these are dirty. (Vou usar o meu outro sapato - esse está sujo.)
  • None of your other friends agreed. (Nenhum dos seus outros amigos concordou.)
  • Mrs. Silva has three other children. (A senhora Silva tem outros três filhos.)
  • Unfortunately, no other details were given. (Infelizmente, nenhum outro detalhe foi dado.)
  • I suggested going to the movies, but they had other plans. (Sugeri irmos ao cinema, mas elas tinham outros planos.)
  • Do you have any other questions? (Vocês têm outras dúvidas?)
A palavra "others" ("outros" ou "outras") é usada para evitar a repetição de palavras em uma sentença (conversa). O uso da palavra "the" na frente é opcional:
  • Some girls like reading books. Others prefer magazines. (Algumas garotas gostam de ler livros. Outras preferem revistas.)
  • One boy fell off his chair and the others laughed. (Um garoto caiu da cadeira e os outros riram.)
  • These books are mine. The others are yours. (Esses livros são meus. Os outros são seus.)
Aqui vale dizer que podemos usar a expressão "the others" com o mesmo sentido de "the other people" (as outras pessoas) ou "the other things" (as outras coisas):
  • If you tell Caroline, I'll tell the others. (Se você contar para a Caroline, eu conto pras outras.)
  • Márcia and Paula are coming, but the other aren't. (Márcia e Paula estão vindo, mas os outros não.)
Por fim temos a palavra "another", que significa "um outro" ou "uma outra". Se você observar nada mais é do que "an other" escrito junto. Aliás, as duas são escritas juntas - another - desde o século 16; portanto, faz muito tempo. Usamos "another" quando fazemos referência a algo que já foi mencionado na sentença (conversa):
  • My iPad is broken. I need to buy another. (Meu iPad está quebrado. Eu preciso comprar -um- outro.)
  • Would you like another drink? (Você quer -um- outro drinque?)
  • I'll cancel that check and send you another. (Vou cancelar esse cheque e te enviar -um- outro.)
Como eu sempre digo aqui no blog: você só perceberá a diferença entre palavras assim quando deixar de prestar atenção apenas a elas e começar a observar como elas são usadas em uma sentença ou junto com outras palavras.

Ou seja, ao invés de focar toda a atenção apenas em "other", "others" e "another", comece a prestar atenção no conjunto, nas palavras usadas antes de cada uma, aprenda uma sentença completa se for o caso... Enfim, só assim você se acostumará com o uso de cada uma ao longo do seu aprendizado de inglês.

Fique sempre de olho em exemplos. Eles ajudam muito a perceber como cada uma dessas palavras é usada.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010: As melhores Dicas de Inglês do Ano

Retrospectiva 2010: As melhores Dicas de Inglês do Ano
Posted: 16 Dec 2010 04:00 AM PST
BLOG TECLA SAP


Todo ano é a mesma coisa: vamos nos aproximando do fim do ano e as emissoras de TV começam a fazer suas restrospectivas. Todo mundo sabe do que estou falando, não é mesmo? Resolvi seguir a onda televisiva e fazer uma retrospectiva também. No entanto, nessa aqui vamos falar das melhores dicas de inglês do ano.

Para isso vou seguir dois critérios: as mais comentadas e as mais visitadas a cada mês de 2010. Apenas as dicas publicadas em 2010 estarão nessa lista. Assim, nossa retrospectiva fica mais interessante. A propósito, você que acompanha e compartilha as dicas do blog com frequência pode também dizer qual foi a melhor dica do ano em sua opinião. Para isso é só usar a área de comentários (clique aqui) ou publicar a sua lista em nossa página do Facebook. Que tal?

Bom! Agora vamos à nossa lista mês a mês. Para ler ou reler a dica é só clicar no título.
  1. 'Fluência em inglês!? Como!? Quando!? De que jeito!?' foi o destaque em janeiro. Nessa dica falamos sobre o sonho de todos os estudantes de inglês: ser fluente. Além disso abordamos a diferença entre 'fluência' e 'accuracy'.
  2. 'Can you give me a kiss?' foi de longe o mais intrigante em fevereiro. Texto no qual Amadeu Marques (autor de vários livros didáticos) aborda sobre um 'erro semântico' no comercial de uma conhecida escola de idiomas no Brasil.
  3. 'Texto em Inglês Para Iniciante: identificando os chunks' foi a bola da vez no mês de março. Uma dica simples para alunos e professores entenderem um pouco mais sobre chunks of language e como identificá-los em um texto de nível básico.
  4. 'Por que é difícil aprender as preposições em inglês?' repercutiu em abril por ser justamente uma pergunta frequente na internet. Uma dica que muita gente tem raiva, mas que é a mai pura verdade.
  5. Em maio vários textos estavam na ponta da língua dos leitores. Vale a pena dar uma olhada em todos, para isso clique aqui. No entanto, o que superou os demais foi aquele sobre como usar a expressão be used to.
  6. Junho foi o mês da copa e várias dicas estavam relacionadas ao futebol. As principais foram sobre como dizer em inglês palavra como 'carrinho', 'gol da vitória', 'cavar uma falta', 'frango', 'bolão' e 'goleada'. Mas um que causou risos nos leitores foi 'Como é que se diz cantada em inglês?'.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Os 10 erros mais comuns de quem estuda inglês

Tecla SAP - Dicas de inglês: Os 10 erros mais comuns de quem estuda inglês


Os 10 erros mais comuns de quem estuda inglês
Posted: 10 Dec 2010 12:33 PM PST
Por que aprender inglês parece ser um processo tão doloroso para algumas pessoas? Por que tanta gente desiste no meio do caminho? Não que seja fácil estudar inglês, mas, se você prestar atenção e não cometer os erros abaixo, tenho certeza de que vai evitar transtornos desnecessários e aumentar suas chances de sucesso no aprendizado da língua inglesa.

1. Achar que vai ser rápido


Talvez iludidos por propagandas enganosas que prometem fluência em poucas semanas, muita gente acaba caindo nesse conto do vigário e acha que vai sair falando fluentemente depois de algumas aulas. A ilusão é também motivada pela empolgação inicial de quem precisa falar inglês com urgência. É surpreendente o número de pessoas que só se dão conta de que precisam estudar em cima da hora. A motivação pode ser viagem ao exterior, entrevista de emprego ou prova importante, mas já passou da hora de você perceber que inglês não é pizza! Não existe disk-inglês que vai trazer o conhecimento quentinho e embrulhadinho na porta da sua casa! Cf. Erros Comuns: DISKCfDicas para se sair bem na entrevista em inglês.

2. Não definir uma meta

Os objetivos de quem estuda inglês variam bastante. Tem gente que estuda para desenvolver a leitura de, por exemplo, textos técnicos e pode até dispensar a fluência oral. Outros precisam ter um conhecimento mais amplo porque estão buscando uma promoção em uma empresa e precisarão fazer apresentações, participar de reuniões e até negociar em inglês. Há pesquisadores, por exemplo, cujo foco é a excelente redação em inglês para publicação de trabalhos em revistas científicas internacionais, entre muitos outros exemplos. O que você já deve ter percebido é que não devemos colocar alunos com interesses tão diferentes no mesmo “pacote”. Trace um plano detalhado para saber quais são as suas necessidades. O conceito de sucesso é relativo, pois varia de acordo com o objetivo de cada um. Aquilo que para mim é uma meta alcançada, para outra pessoa, pode significar, por exemplo, apenas a metade do caminho. O meu “inglês fluente” pode não ser o mesmo que o seu. Cf10 dicas infalíveis para quem quer aprender inglês.

3. Estabelecer prazo para “aprender” inglês

Nem todo mundo aprende no mesmo ritmo. É evidente que as velocidades de aprendizado são diferentes entre pessoas diferentes. Ainda assim, tem gente que insiste em perguntar: “Em quanto tempo se aprende inglês?”. Se as pessoas têm objetivos diferentes e ritmos de aprendizado diferentes, quem se arrisca a responder a pergunta acima corre um risco enorme de dar palpite furado. É importante, portanto, se dedicar com empenho total sem se impor prazos mirabolantes. Com o passar do tempo, você irá adquirir maior confiança para saber que ainda tem muito o que aprender! ;-) Mais sobre esse tema no item 4.

4. Achar que um dia acaba

Quando comecei a estudar inglês, aos 14 anos, achei que depois de um certo tempo eu poderia dizer para mim mesmo com orgulho: “Eu falo inglês!”. Na minha ingenuidade juvenil, eu acreditava que, depois desse dia, nunca mais precisaria estudar. Na pior das hipóteses, abriria o dicionário, mas bem de vez em quando. Com o amadurecimento, percebi que o aprendizado de uma língua estrangeira é processo que não tem fim, mesmo porque aquelas pessoas que já atingiram seu objetivo, terão que necessariamente fazer, no mínimo, um trabalho de manutenção para não esquecerem o que já aprenderam. Sem contar aqueles que, por uma ou outra razão, definem novos objetivos ainda mais ousados.

5. Não avaliar seu perfil de aluno

Recebo nos comentários do blog muitas perguntas do tipo: “É melhor estudar em escola ou com professor particular?”. A minha resposta é sempre a seguinte: “Depende!”. Tem gente que se dá melhor quando trabalha em grupo. Pode ser o estímulo dos colegas, o medo de ser o pior da classe, o instinto competitivo para ser o melhor da turma etc., tem gente que não encontra motivação se não trabalhar em grupo.
Há, por outro lado, pessoas que preferem a flexibilidade oferecida por um(a) professor(a) particular. A flexibilidade pode ser tanto de horário, pois é mais fácil a reposição de aulas e alterações repentinas de dia ou horário, quanto no método de ensino, principalmente se as aulas forem individuais. Nesse caso, o método e o material de aula poder ser totalmente personalizado para atender as suas necessidades.
Não podemos nos esquecer, é claro, do grupo dos autodidatas, principalmente nos dias de hoje em que há inúmeros recursos disponíveis na Internet (já ouviu falar do Tecla SAP?) para quem opta por essa alternativa.
Uma comparação grosseira pode ser feita com a atividade física. Explico: todo mundo sabe que devemos praticar atividades físicas, certo? O que é melhor: a academia, um personal trainer, ou correr sozinho no parque? É claro que tem gente que se adapta melhor a uma das três alternativas. A analogia pode ser útil para você saber se tem maior probabilidade de se dar bem estudando em uma escola, com um professor particular ou sozinho(a).
Há um teste muito interessante preparado por Ron Martinez, autor de “Como dizer tudo em inglês“, entre outros livros. O post “Artigo: CLASS OR NO CLASS?” é excelente para você tirar uma espécie de raio-X de seu perfil de aluno e tomar a decisão correta. O texto está em inglês e, infelizmente, não terá tanta utilidade para quem está começando do zero.

6. Achar que só frequentar as aulas vai ser suficiente

A carga horária típica oferecida por muitas escolas e muitos professores particulares também é de 3 horas semanais, em geral, em duas aulas de 1h30. É claro que há inúmeros outros formatos, mas a conclusão vale para todos as cargas horárias: os resultados não surgem, ou custam muito a surgir, se não houver a complementação do trabalho em sala de aula com atividades complementares. Esse assunto já foi tratado no post “Vocabulário: Exposição“. Livros, revistas, filmes, documentários, séries de TV, programas de entrevista, noticiário, enfim, tudo aquilo que represente uma exposição à língua estrangeira. Não se esqueça de que não importa o assunto, o essencial é que o tema seja algo do seu agrado. Leia também os textos “Aprender inglês com prazer é mais fácil” e “Como aprender inglês com as séries de TV“ para ver mais exemplos.

7. Culpar o método (ou o professor, a chuva, a lua, o vento…)

Não gosta do método da escola? Mude de escola. Não se adaptou com um professor particular? Troque de professor. Não adianta ficar procurando desculpa nos outros. Tenha a coragem de admitir que talvez você não tenha se dedicado como deveria ou talvez tenha estabelecido uma meta muita ambiciosa para a sua disponibilidade de tempo, podem ter surgido imprevistos que fizeram com que você tivesse que reorganizar sua agenda etc., ou seja, seja qual for o problema é preciso enfrentá-lo com determinação. Afinal de contas, quem não está aprendendo inglês é você! Aliás, não há nada de errado em recuar um pouco diante de um obstáculo, desde que você recobre as forças e volte ao ataque na primeira oportunidade!

8. Desistir quando não houver sinais aparentes de evolução

As primeiras semanas do curso de inglês costumam ser bem animadas. A empolgação dos primeiros dias, a vontade de aprender rápido, o incentivo da família e/ou do chefe etc., enfim, tudo favorece. Depois de algumas semanas, você, aos poucos, vai perdendo o entusiasmo. Aliás, você já deve supor que esse prazo varia bastante, pois, afinal de contas, você leu os ítens anteriores, não é mesmo? Inconscientemente, você se pergunta: “Por que está tão difícil?” “Por que está demorando tanto para aprender inglês?”. Pois bem, vou dar 2 avisos para você: 1) Não é fácil aprender uma língua estrangeira. e 2) Aprender inglês demora mesmo. Embora a evolução possa estar de fato acontecendo, para quem aprende é muito difícil ter a noção desse progresso. É nessa hora que a maioria desiste dizendo coisas do tipo: “Não adianta, não consigo aprender inglês.”, “Inglês não é para mim!” etc. ou então alguma outra desculpa para culpar o método, como as descritas no item 7.
Portanto, ponha na sua cabeça: o negócio é lento! Não adianta pressa. Aprender inglês não é como comprar pastel na feira. Até que os transplantes de cérebro sejam rotina, aprender língua estrangeira vai continuar exigindo tempo, dedicação e muita força de vontade. And there are no two ways about it! [E não tem outro jeito!] Prepare-se para esse período “baixo astral” e repita para si mesmo: “É normal, vai passar!”. Acredito que com esse grau de conscientização, você terá maior probabilidade de enfrentar essa dificuldade. CfAtitude: Persistência

9. Dar passo maior que a perna

Se, por outro lado, a coisa não está rolando, é melhor não forçar. Quem não admite para si mesmo que não está 100% a fim de aprender inglês e continua insistindo corre o risco de criar um trauma que pode prejudicar tentativas futuras de estudo da língua. Faça uma avaliação sincera e cuidadosa sobre suas reais condições de estudar inglês e todas as suas implicações, ou seja, investimento de tempo, esforço e, é claro, dinheiro. Será que você não tem outras prioridades no momento? Tem uma carga de trabalho e/ou estudo muita intensa nesse ano/semestre/mês? Está passando por alguma outra dificuldade que consome toda a sua energia? Enfim, se a hora não é a mais adequada, reveja a sua programação! Às vezes, é melhor guardar as suas forças para outro momento, do que tentar abraçar o mundo. Faça uma reflexão sincera e só entre nessa empreitada se realmente chegar à conclusão de que ela está dentro das suas possibilidades. Lembre-se de que aprender inglês não é para quem só precisa; é para quem precisa, quer muito e tem condições adequadas. Cf. Atitude: IT’S THE ATMOSPHERE!

10. Não assinar o Tecla SAP! ;-)

Embora possa parecer, o título deste último item não é brincadeira! É lógico que não se trata apenas de um “merchan” escancarado. A recomendação é para você assinar mesmo para receber gratuitamente as atualizações do blog porque as dicas práticas enviadas em doses homeopáticas propiciam momentos de aprendizado e descontração, tão necessários para a garantia da evolução no estudo da língua inglesa. Em outras palavras, essa é outra maneira de você ter  maior exposição ao idioma, como vimos no item 6. Você pode escolher receber as dicas por E-mailRSSTwitter ou Facebook e deixar seu inglês sempre em forma.
Não deixe de conhecer também outros blogs educacionais que oferecem conteúdo para você aperfeiçoar seu inglês. A lista a seguir contém apenas algumas sugestões. Há muita informação sobre vários temas na internet. Em ordem alfabética Adir Ferreira IdiomasAna ScatenaEnglish ExpertsGrammar GirlInglês na Ponta da LínguaInglês OnlineThe English Blog, entre outros. Se você conhecer outros blog e/ou sites que estão em seus favoritos, deixe, por favor, sugestão nos comentários. Obrigado.

Speak up! I’m listening…

Você se identificou com uma das situações acima? Qual? Mais de uma? Quais? Por favor, relate sua história para que mais gente também possa se beneficiar de sua experiência e, quem sabe, não cometer os mesmos equívocos. Ficou faltando algum erro comum e/ou importante que eu me esqueci de incluir acima? De novo, peço a sua ajuda para, juntos, deixarmos o texto mais útil e relevante para os leitores do blog. Muito obrigado!


 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Collocations

Como aprender ou colocar em prática os tais collocations?
Posted: 09 Dec 2010 04:15 AM PST
Inglês na Ponta da Língua (BLOG)


No final dessa dica você saberá mais sobre a promoção dos ebooks que só vai até amanhã. Não perca a oportunidade de concorrer aos três livros do Denilso autografados.
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Uma pergunta que recebo com certa frequência aqui no blog é "Como aprender ou colocar em prática os tais collocations?". No livro "Por que assim e não assado? O guia definitivo de collocations em inglês" dou várias dicas sobre isso para estudantes e professores de inglês. Caso você ainda não tenha o livro, vou dar abaixo algumas dicas gerais para facilitar a sua vida.

Antes anote aí outros textos aqui no blog que contém inúmeras dicas sobre collocations:
Há vários textos com exemplos de collocations no blog. Portanto, dê uma boa olhada que você encontrará algo que o atraia. Algumas sugestões: bill, car, motorcycle, money, computer.

Para por as combinações comuns de algumas palavras em prática é preciso tempo e paciência. Não adianta pegar uma lista de combinações, decorar todas e achar que vai aprender da noite para o dia. Um resumo das dicas que dou no livro de collocations é o que segue abaixo:
  1. Escolha algumas das combinações com uma palavra chave e procure por exemplos na internet (Google). Detalhe: escolha três ou quatro combinações que sejam interessantes para você; nada de fazer uma lista com mais de 05 (cinco).
  2. Copie os exemplos para o seu caderno de vocabulário e veja como as combinações escolhidas são usadas. Tente também criar seus próprios exemplos;
  3. Leia e releia os exemplos que você encontrou, ou criou, em voz alta. Repita quantas vezes achar necessário.
  4. Depois, tente repetir as sentenças (exemplos) sem ter de lê-las no caderno, ou seja, procure repeti-las de memória. Isso estimula o seu cérebro a aprender toda a sequência e não apenas uma palavrinha ou outra.
  5. Revise e releia essas sentenças em intervalos diferentes de tempo. Comece com intervalos de um dia e depois de dois dias. Com o tempo dê mais atenção àquelas que você tem mais dificuldades e esquece com facilidade.
  6. Reescreva os exemplos (à mão mesmo) sem olhar para o modelo (a sentença) original em seu caderno. Procure reescrever de memória.
Se você se acostumar a fazer isso ao longo dos seus estudos de inglês, seu vocabulário melhorará e muito. São seis dicas simples e que não machucam ninguém (só os preguiçosos!). Esse é o segredo para aprender e praticar os collocations: nada de preguiça, muita paciência e dedicação. Só assim você vai pra frente.
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domingo, 5 de dezembro de 2010

'Melhores professores de inglês não são britânicos nem americanos', diz linguista

'Melhores professores de inglês não são britânicos nem americanos', diz linguistaPara David Graddol, o ideal é que o docente fale a mesma língua do aluno.
Especialista diz que o ensino do idioma no Brasil tem décadas de atraso.

Fernanda Calgaro
Do G1, em São Paulo
Melhores professores de inglês não são necessariamente os nativos. Ao contrário do senso comum, o melhor professor de idiomas não é o nativo, mas aquele que fala também a mesma língua do aluno. A vantagem desse profissional está na capacidade de interpretar significados no idioma do próprio estudante. Com a hegemonia ameaçada no caso do inglês, professores americanos e britânicos devem reavaliar a maneira como ensinam o idioma.



As conclusões fazem parte de duas pesquisas desenvolvidas pelo lingüista britânico David Graddol, 56 anos, a pedido do British Council, órgão do governo do Reino Unido voltado para questões educacionais.


No Brasil para participar de seminários sobre língua estrangeira, ele avalia que o ensino do inglês nas escolas brasileiras está muitas décadas atrasado em relação a outras nações e sugere que o país aproveite os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo para tentar correr atrás do prejuízo.


Durante 25 anos, Graddol foi professor da renomada UK Open University e atualmente é diretor da The English Company e editor da Equinox Publishing. Ele prepara um terceiro estudo, este focado mais na Índia, que será publicado até o final do ano. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao G1.



G1 – Qual o perfil ideal de um professor de idiomas?
David Graddol - O melhor professor é aquele que fala a língua materna de quem está aprendendo o idioma. Também é preciso ser altamente capacitado e ter um ótimo domínio do idioma, claro.





Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Minha opinião é que elas estão erradas"
G1 - O sr. considera então que os professores nativos estão perdendo terreno para outros que falam também a língua do aluno?
Graddol - Sim e não. O que acontece é que, usando uma metáfora, o bolo geral está crescendo, porque atualmente há cerca de 2 bilhões de pessoas aprendendo inglês ao redor do mundo. O fato de o Reino Unidos e os EUA estarem perdendo essa fatia de mercado é enganoso, porque a participação deles também está crescendo. No entanto, o bolo está crescendo mais e mais rápido. Em muitos países, há reminiscências românticas acerca do ensino de inglês. Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Elas pagam inclusive a mais por isso. No entanto, minha opinião é que estão erradas. O que deve ser mudada é a maneira como o inglês é ensinado.


G1 - Como assim?
Graddol - O inglês passou a ser encarado como uma necessidade. Muitos países se relacionam e fazem negócios entre si por meio do inglês, sem que nenhum deles tenha o inglês como primeiro idioma. Em muitos lugares, o inglês deixou de ser ensinado como língua estrangeira, como na Cinha e Índia, onde o inglês passou a ser considerado uma habilidade básica. Nesses países, os estudantes começam a aprender o idioma já nos primeiros anos escolares. A ideia é que mais tarde, quando atingirem o ensino médio, passem a ter aulas de outras disciplinas por meio do inglês. Historicamente, falar uma língua estrangeira era sinal de status. Agora, o que acontece é que as pessoas estão genuinamente tentando universalizar o idioma.



saiba mais
Inglês passa a ser obrigatório para crianças a partir dos 6 anos no Rio Confira aulas em vídeo com dicas de gramática de inglês Até início das aulas, maioria dos estados não terá espanhol na rede pública
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G1 - O uso do inglês como “lingua franca” [quando um idioma é utilizado por pessoas que não tenham a mesma língua nativa] pode modificar o seu ensino?
Graddol - Há certas coisas que se tornaram comuns e que parecem uma nova variedade de inglês. E nós acabamos nos habituando a esse novo uso. São coisas simples, como a maneira em que as palavras são soletradas e todas as vogais, faladas. Muitas das vogais, nós, nativos da língua, substituiríamos por um único som. Essas peculiaridades, que não necessariamente devem ser consideradas erros, precisam ser levadas em conta no ensino desse inglês global.


G1- Como avalia o crescimento da demanda pelo ensino de inglês?
Graddol - O que está acontecendo é que, desde a década de 90, houve um aumento gradativo de pessoas aprendendo inglês e atualmente cerca de 2 bilhões de pessoas estudam o idioma. No entanto, nos próximos anos, a expectativa é que haja um declínio nessa demanda.





Foto: Fernanda Calgaro/G1 David Graddol defende que o Brasil aproveite as Olimpíadas e a Copa para ensinar inglês à população (Foto: Fernanda Calgaro/G1)G1 - Como se explica essa previsão de declínio?
Graddol - As pessoas que hoje estão no ensino fundamental e aprendendo o idioma chegarão ao ensino médio ou superior já sabendo inglês. Em muitos países da Europa, quando chegam nesse ponto, esses alunos começam a ter aulas de diferentes disciplinas em inglês. Então, deixam de ser estudantes de inglês e passam a ser usuários da língua. Eles não têm mais um professor de inglês, mas um professor de geografia, por exemplo, que dá aulas em inglês. Esse declínio não significa que menos pessoas estejam usando inglês, mas que o inglês, ensinado no ensino fundamental, começa a fazer parte da alfabetização básica.


G1 - Que idiomas podem representar uma ameaça ao inglês? Mandarim é um deles?
Graddol - O mandarim não é uma ameaça. Certamente que tem crescido em popularidade, mas faz parte de um pensamento antigo, quando se achava que uma língua cresceria à custa de outra. No entanto, ambas podem crescer juntas, assim como outros idiomas.





A internet tem uma diversidade de línguas, mas o inglês acaba então sendo mais comum nos fóruns on-line de discussão e em relatórios técnicos"
G1 - Qual o impacto da internet no uso do idioma?
Graddel - A internet é outro bolo que tem crescido cada vez mais rápido. E nela são usadas mais línguas do que antes. É um lugar que acolhe línguas menores. Meu nome é galês e, se fizer uma pesquisa no Google sobre mim na internet, aparecerão diversas páginas escritas em galês. Isso é surpreendente porque, de repente, percebemos que há um universo paralelo na internet. E o mesmo acontece com o catalão. E muitas vezes não tomamos conhecimento disso porque uma página num idioma não tem link para páginas em outro idioma. A internet tem uma diversidade de línguas, mas o inglês acaba então sendo mais comum nos fóruns on-line de discussão e em relatórios técnicos.


G1 - O ensino do inglês é bastante rentável para os países onde a língua é falada.
Graddol - Os ganhos com o aprendizado do inglês não vêm só dos cursos de inglês mas também dos estudantes internacionais que vão para as universidades nesses países para terem aulas em inglês. Então, esse é outro tipo de exportação que pode ser creditada ao inglês.


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O Reino Unido passou a disputar alunos de inglês não só com competidores tradicionais, como os EUA, mas também com outros países da Europa
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G1 - A crise global afetou em algum aspecto o ensino do inglês?
Graddel - A crise global foi positiva para o setor porque provocou a desvalorização da libra esterlina e deixou o Reino Unido mais atrativo. O que aconteceu é que o Reino Unido deixou de disputar esses alunos com competidores tradicionais, como os EUA, a Austrália e, em certa medida, a Nova Zelândia. Agora, estamos perdendo para universidades na Europa, que têm cursos de diversas áreas que são dados em inglês. Um aluno coreano, por exemplo, pode estudar direito na Alemanha e ter aulas em inglês, além de estar bem no centro da União Europeia e quem sabe até aprender um pouco de alemão. Para ele, o ganho acaba sendo maior.



G1 - O ensino do inglês deve começar nos primeiros anos escolares? As crianças obtêm resultados mais consistentes?
Graddol - Diversos aspectos devem ser considerados. É possível começar a estudar inglês mais tarde. No entanto, se esse início for com 11 anos de idade, por exemplo, o número de horas dedicadas ao idioma precisa ser mais intenso, com, no mínimo, cinco ou seis horas. E esse ensino tem que ser bastante eficiente, que contemple o desenvolvimento de diversas habilidades da língua.



G1- Existe então uma idade ideal para começar a aprender inglês?
Graddol - Não. Na verdade, há vantagens e desvantagens em quase todas as idades. Conheço adultos que, com meia hora de estudo, têm rendimento maior do que uma criança justamente por causa da sua experiência adquirida ao estudar idiomas. Há vários outros aspectos a serem levados em conta. Um é que é muito mais fácil criar, numa sala de aula, um ambiente que motive as crianças a aprenderem. Elas aprendem quase sem perceber. No entanto, o principal argumento talvez seja que, como nem todas as escolas conseguiriam destinar um dia da semana de uma turma de alunos de 11 anos para ensinar inglês, o melhor é começar cedo. Assim, é possível obter um progresso gradativo, que permita ao estudante chegar no ensino médio falando inglês.


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No Brasil, o inglês é ainda visto como uma língua estrangeira
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G1 - Como avalia a situação do Brasil em relação ao ensino e uso do inglês?
Graddol - No Brasil, o inglês é ainda visto como uma língua estrangeira. Em muitos outros países, as coisas avançaram muito rapidamente e não é mais visto como uma língua estrangeira. O Brasil parece estar muitas décadas atrás do resto do mundo em termos de inglês. O que está sendo feito aqui não é suficiente para produzir pessoas realmente fluentes em inglês. As escolas estão falhando ao ensinar inglês e isso é uma ótima noticia para o setor privado. As famílias que tiverem condição de bancar os estudos mandarão seus filhos para escolas de idiomas, o que gera a divisão social.



G1 - As Olimpíadas e a Copa do Mundo podem ser oportunidades para o Brasil correr atrás desse prejuízo?
Graddol - Certamente. Foi o que a China tentou fazer, usou as Olimpíadas como uma justificativa para implantar programas de melhoria de conhecimento de inglês para a população de Pequim. Foram estabelecidas metas. E é isso que o Brasil deveria fazer, porque, se não se estabelece metas, não se sabe onde quer chegar nem se você chegou lá.


G1 - E deu certo na China?
Graddol - Entre as metas estabelecidas na China, havia algumas em relação a policiais e taxistas, por exemplo. Mas devo dizer que não deram muito certo. Como alternativa, puseram uma maquininha dentro dos táxis que emitia a tarifa da corrida para facilitar a vida do turista. No caso do Brasil, o país deve ao menos tentar garantir que os funcionários de hotéis falem bem o inglês. E as metas precisam ser estabelecidas já, porque as mudanças levam tempo.



http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1368465-5604,00.html